Resumo: | Postula a existência de três vertentes do planejamento em saúde elaboradas por autores latino-americanos e seleciona para discussão, entre elas, a proposição de Mario Testa. A partir de estudo da produção teórica recente (1983-1986) do autor, são ordenados e apresentados os fundamentos e conteúdos da sua proposta atual para o planejamento em saúde, a de juntar ao cálculo tradicional (o diagnóstico e a proposta administrativa) as análises sobre a estrutura de poder setorial e sobre as repercussões das ações planejadas sobre essa estrutura. Testa avança de uma proposta de planejamento estratégico em saúde para um pensamento estratégico, um pensar a ação política em saúde. Discute, então, os conceitos de ideologia e poder segundo o autor, inferindo daí parte do referencial teórico que fundamenta sua proposta. Conclui que as práticas de saúde, enquanto práticas sociais, afetam as concepções de mundo de seus sujeitos, sendo difícil, porém, garantir a direção dessa mudança. E argumenta favoravelmente quanto ao conteúdo transformador da proposta de Testa para o planejamento em saúde [...]. (AU)^ipt.
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